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FIAT LUX. “Faça-se a luz”. São as palavras pelas quais Deus criou a luz, segundo o Gênesis. A citação bíblica faz referência a uma das maiores necessidades do ser humano na idade moderna: a saída das trevas em busca do conhecimento. Utilizando-se dessa metáfora, a luz traz a possibilidade de enxergar e reconhecer a realidade por meio dos sentidos.

A visão é considerada o sentido dominante mais utilizado pelos homens. Como um sentido proeminente da razão, nos traz orientação e conhecimento sobre o ambiente que nos cerca. Por meio dela nos sentimos confiantes, e somos livres para nos movimentar ao redor do mundo.

Entretanto, a visão só é possível por meio da energia luminosa que chega às nossas pupilas, transmitida ao nosso cérebro. A realidade à nossa frente pode mudar de forma sutil ou radical conforme as mudanças de luz. Suas nuances ao longo do dia se modificam em tonalidades, cores, intensidades, estruturas, como a inclinação do sol, um dia de céu aberto ou coberto por nuvens.

A luz tem um papel fundamental nas nossas vidas e pode influenciar fortemente nossas emoções, provocando diferentes sensações diariamente. Desencadeia uma variedade de comportamentos subjetivos, lembranças e experiências pessoais, levando nossa percepção à esfera da emoção. Por exemplo, quando vemos um copo de bebida gelada brilhando num feixe de luz que desperta imediatamente a sede, ou quando um detalhe numa pessoa nos chama a atenção, nos remetendo a uma lembrança agradável.

ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL Por meio do ambiente visual são construídas as relações de espaço, distância, textura, luz, cor, forma, contraste e outras formas de apreensão do espaço arquitetônico. No mundo moderno, a importância da luz e das tecnologias ópticas na vida dos cidadãos é reconhecida para o desenvolvimento das sociedades de todo o mundo. Em 2015 a UNESCO apresentou o Ano Internacional da Luz e das tecnologias baseadas no uso da luz.

Essa iniciativa trata das inúmeras qualidades da luz e o investimento dos setores em que é utilizada, como a pesquisa científica, indústria, medicina, internet e educação.

A utilização da iluminação artificial abre inúmeras possibilidades de uso, como o destaque da arquitetura e valorização os ambientes, com soluções que proporcionem melhor qualidade de vida.

A iluminação bem concebida pode valorizar e exaltar as qualidades de um projeto. O uso consciente das tecnologias disponíveis e a aplicação apropriada para cada exigência são indispensáveis para obter os efeitos estéticos desejados, ambientes aconchegantes e corretamente iluminados, incluindo baixos gastos de uso e manutenção.

Uma boa luz pode surpreender, revelar e acolher, além de mostrar soluções para projetos de iluminação com baixo gasto de energia. Dentre as áreas de atuação da iluminação estão arquitetura, interiores, paisagismo, projetos comerciais e residenciais, cada qual com seus conhecimentos específicos, a partir do planejamento e a criação do conceito de iluminação, fazendo cada projeto único.

LIGHT DESIGNER O light designer é o profissional que define como a luz vai caracterizar a arquitetura, os ambientes e os objetos. Trabalha em conjunto com o arquiteto ou designer de interiores responsável do projeto. Por meio do uso da luz, o light designer pode fornecer diferentes efeitos dos mesmos espaços. Como acontece com a luz natural, o uso adequado da luz artificial pode transformar a arquitetura e os objetos.

A competência do profissional permite prever que tipo de luz pode valorizar visualmente os espaços e proporcionar um ambiente confortável e funcional para desempenho das atividades do dia a dia, criando cenários diferentes que atendam à exigências específicas.

Para conseguir os efeitos de luz desejados é fundamental o domínio das tecnologias disponíveis, bem como a utilização de ferramentas fundamentais. Os principais elementos trabalhados são a manipulação da tonalidade da luz, intensidades diferenciadas, diferentes aberturas dos focos de luz, e o uso de luz direta e indireta, focada ou difusa.

O PROJETO Um projeto de iluminação se desenvolve em fases que começam pelo conhecimento da arquitetura, dos interiores e dos aspectos funcionais e psicológicos dos ambientes que deseja iluminar.

O projeto é definido em quatro etapas, descritas abaixo, como: estudo conceitual, projeto definitivo, projeto executivo e acompanhamento e acertos finais. O tempo de duração é calculado para cada projeto.

a) A partir do conhecimento das necessidades e características do projeto é possível determinar o estudo conceitual que pode ser apresentado ao arquiteto e ao cliente com croquis e imagens de referência.

b) A fase sucessiva consta na elaboração do projeto definitivo com a determinação dos efeitos de luz específicos por cada área, escolha das luminárias e seu posicionamento. Esta fase é representada com desenhos técnicos em planta e cortes, fichas técnicas das luminárias e, eventualmente, com maquete eletrônica, efetuada com software de cálculo luminotécnico.

c) Em seguida é concebido o projeto executivo, em que são representados detalhes executivos, medidas de instalação e todas as informações necessárias para a execução do projeto em obra.

d) E por último, o acompanhamento e acertos finais na obra em andamento.